Friday, July 10, 2015

Vírus

Estamos no carro e eu digo, "estou farta de te..." ele, no banco detrás, abre-se num enorme sorriso e diz, "Pois, o R é um vírus. Tens que estar sempre com ele." Eu sou desato-me a rir e pergunto, "O R?? Como um vírus? Mas o que é que tu queres dizer com isso?" E ele ri-se e, com o seu ar mais maroto,  explica que, "é como um vírus porque, sabes, quando tens um vírus ele esta sempre lá e tu tens que estar sempre a tomar conta dele, com ele." A conversa é tão boa (e elucidativa) que eu continuo a rir-me e pergunto-lhe se aquilo é o que ele acha. E ele explica que ele até ja me tinha dito isto antes, "não te lembras?!?". "Não", respondo eu, "o que é que tu me disseste?" E ele diz que já me tinha dito que eu ia, tinha que, ficar farta do R porque ele está sempre comigo. Mais risos, agora de ambos. "Mas quem é que vai ficar farto" pergunto eu, "eu ou tu??" Ele sorri e diz, "nós". "Eu?? Eu não eu gosto imenso de estar com o R" digo-lhe eu. "Mas tu acabas de dizer que estas farta do R!" responde ele. E eu explico que não o que eu disse foi, "estou farta de..."

Em suma, os Freudian slips são momentos deveras interessantes e importantes (o sorriso do M ao "descobrir" que eu estou farta do R foi absolutamente impagável); O R é um vírus; o M está com ciúmes.

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