Saturday, May 29, 2010

Quatro

Quatro é o número de meninos que bateram no meu filho ontem na escola. E eu estou preocupada e não sei que fazer.

Sunday, May 23, 2010

Dropping out

One of "my" students emailed today saying that he was dropping out of the Ph.D. program. He said he started having severe anxiety attacks and he could no longer handle the overall lack of direction in his life. And, at times like this I understand why often my life feels so hard, and that not dropping out is actually a major feat and I should feel proud, even if I mostly feel adrift.

A primeira mentira

Este é um post antigo, que devia ter sido escrito há meses, já nem sei quantos e por isso mesmo é que o devia ter escrito antes. É sobre um importante marco de desenvolvimento do meu filhote: a primeira mentira. Mentir é uma coisa que se aprende, crianças regra geral dizem sempre a verdade, e a primeira vez que o meu filho me mentiu não pude deixar de tomar nota. Ele estava na casa de banho a fazer xixi e quando saiu da casa de banho eu perguntei-lhe se ele tinha lavado as mãos, e ele, descaradamente, respondeu-me que sim. Um marco histórico de desenvolvimento infantil que eu me apressei a desfazer dizendo-lhe que não se mente.

O M numa linha

Sábado fomos ao Guincho. Nós e meia Lisboa. Aquilo era um verdadeiro circo com pessoas a estacionarem longissimo e em cima de qualquer palmo de terra. Eu queria ir à praia do Abano, e depois de muito, muito tempo à espera para ir ao Bar do Guincho vem um sr. avisar que o parque está cheio e mais vale dar meia volta. Eu ponho-me a resmungar entre dentes furiosa, e explico ao M que vamos ter que dar meia volta. E ele, com toda a sua calma, optimismo e boa disposição diz-me, "ainda bem que vamos a outra praia, esta tinha muitas ondas muito grandes". Uma lição para a vida esta, se as coisas não correm como queremos mais vale pôr cara contente e partir para outra. Mas, não devia ser eu a dar-lhe estas lições?!

O seu filho é fabuloso!

Hoje fomos almoçar à expo. A meio fomos à casa de banho e encontrámo-nos lá com a senhora da mesa do lado que me pediu desculpa mas tinha que me dizer que o meu filho é fabuloso, tão querido, mas tão querido, que estava ali sentada na mesa do lado e não podia de deixar de me dizer isto. E juro que enquanto mo disse tinha até uma lágrima no olho. E aqui a mamã ficou muito orgulhosa.

p.s - especialmente porque passados uns minutos outra senhora engraçou com ele e fez-lhe elogios.

Thursday, May 20, 2010

Tratarem-me por tu

Nao sei se estou a ficar velha ou snob mas confesso que não acho piadinha nenhuma a que a empregada do restaurante me trate por tu, estilo "queres café ou a conta?" Não preciso que me tratem por V. Excelência ou Sua Eminência mas daí ao tu vai uma enorme distância. Serei a única? Espero que nao!

Escolhas para o Futuro

Foi-me perguntado em tom de desafio se preferia que o meu filho fosse homosexual ou padre. A resposta para mim é óbvia: homosexual. Na verdade o que quero é que ele seja feliz, que se sinta bem na sua pele, que goste de si próprio e que faça aquilo que gosta. Mas se me perguntarem a mim e as escolhas forem estas não hesito.

Relatos de uma imigrante - O Civismo

Não quero ser daqueles imigrantes chatos que ainda o avião não parou já afirmam que lá nos países deles as escadinhas são mais rápidas, mais seguras e até fazem massagens nas pernas. Ainda assim, não posso deixar de reparar na falta de civismo que impera em Lisboa. Perdeu-se o respeito pelo próximo e passámos a viver numa cidade de egoístas. Todos os dias de manhã quando vou levar o meu filho à escola chego à mesma desagradável conclusão. Há carros estacionados nos passeios, em segunda e terceira filas, a bloquear os cruzamentos e a faixa de rodagem, são cinco minutos que se transformam em dez ou quinze. Mas tudo isto parece fazer parte do estado natural das coisas em Lisboa. Mais chocante ainda foi ver uma ambulância do INEM a tentar furiosamente passar e os carros da frente a continuarem impávidos e serenos só a deixando passar depois de confirmare que eles próprios podia seguir o examplo para furarem o trânsito.

E talvez por isso quando faço o rescaldo desta visita do Papa a parte mais positiva (a unica?) foi que durante dois dias consegui ver os passeios desta cidade. As pedras da calçada todas sem um carrinho em cima. E, embora imigrante, asseguro que são muito mais bonitos que os do Canadá.

Sunday, May 16, 2010

Saudades, e a falta delas (ou, estou lixada!)

- Mamã, quando nós moramos em Portugal eu não tenho saudades. Quando estamos em Toronto eu tenho saudades da avó L e do R. Mas em Portugal não.
- Tu em Portugal não tens saudades de ninguém? A sério? Isso é bom.
- Não tenho saudades. E eu não sei porque nós moramos em Toronto. Nós deviamos morar em Portugal.

Thursday, May 13, 2010

Ilha tropical

Há dias como este em que me apetecia vender os meus poucos pertences pegar na minha criança e ir viver para uma ilha tropical longinqua. Amanhã será melhor.

Wednesday, May 12, 2010

The Pope saw us this morning

M and I saw the Pope this morning as we walked to school. When the Pope arrived, M was too mesmerized by the police motorcycles, cars, vans and helicopters to even notice that there was someone inside the car. So, perhaps I should say that the Pope saw us this morning.

Tuesday, May 11, 2010

(mis)understandings

Uma conversa entre o M e o Rafael
R: Correu bem o teu dia na escola?
M: Sim. Corri muito (e imediatamente poe-se a correr para demonstrar)

A visita do Papa

E, caso faça falta, fica aqui o registo para toda a eternidade, eu sou Portuguesa e NÃO sou católica. Aliás tenho cada vez uma alergia maior à igreja Católica. E tenho dito.

E em tom de rubrica digo também que esperava que o Bento XVI trouxesse pelo menos bom tempo. Mas não. Nem isso.

Friday, May 7, 2010

Tipping the scale

Este ano foi o ano do meio. 18 anos fora, 18 anos em Portugal. A partir deste ano passo a ter vivido mais de metado da minha vida fora. E nao sei se gosto ou se fique triste.

Relatos de Uma Imigrante

Os cinemas têm lugar marcado! (Eu já nem me lembrava o que isso era...)

Thursday, May 6, 2010

A diversidade na escola

Deepika. Omiyo. Sharun. Shariff. Amit. Emma. Sophia. São alguns dos nomes dos colegas do meu filho na escola em Toronto. Como os nomes indicam as nacionalidades (e cores de pele) são variadas, assim como o são as experiências culturais a que ele está exposto.

Aqui em Portugal os coleguinhas dele são todos branquinhos tal como ele. E todos Portugueses da Silva. E isso faz-me alguma confusão. (É que estar na sala da filha de uma iminente personalidade da TV Portuguesa não é bem a mesma coisa). É claro que o facto de ele ir a um colégio privado (e caro) ajuda. Mas penso que falta de diversidade é prejudicial para o M e sobretudo é prejudicial para estas novas gerações de Portugueses. E já agora, notar bem que eu tentei um jardim de infância público mas não havia lugar.

Relatos dos primeiros 4 dias na escola

- Então M hoje brincaste com os outros meninos na escola?
- Não. Eu não sei os nomes deles...

- Hoje foi um dia bom na escola? Acho que te divertiste com o teatro, não foi?
- Hoje eu não chorei nem disse o teu nome.

Ele fica um pouco triste. A mim parte-se-me o coração com cada uma destas habituações e mudanças...

Relatos de uma Imigrante

As lojas em Portugal estão abertas até às 23h!! As lojas. Abertas. Mesmo.