O M adora dancar e tem uns grandes passos de danca. Aqui fica uma amostra do mes de Fevereiro. (E as conversas que acompanham a danca sao tao boas como a propria!)
Wednesday, March 31, 2010
Ginastica
Como ja aqui disse o M tem ido a ginastica. Aqui fica um video da penultima aula.
Notar bem como ele e cauteloso quando se deita na cama elastica. Em vez de saltar e cair, fa-lo com muito cuidadinho :-)
E um da ultima aula. Notem bem como ele observa e depois faz o que lhe apetece...
Notar bem como ele e cauteloso quando se deita na cama elastica. Em vez de saltar e cair, fa-lo com muito cuidadinho :-)
E um da ultima aula. Notem bem como ele observa e depois faz o que lhe apetece...
Negociações
O M tem alma de vendedor de automoveis. Negocia tudo. Sempre. Constantemente. E eu também tenho alma de vendedora, engano-o quando me convêm.
No outro dia estávamos a discutir estrelas. Estava-lhe eu a dizer que lhe dava uma estrela cada vez que ele fizesse cocó, e que às 5 estrelas lhe dava uma prenda. Não! disse-me ele, 7 estrelas!
Esta semana negociámos a ida ao médico. No domingo, e sabendo que na terça tinhamos que ir ao médico comecei a prepará-lo psicologicamente. Não! disse-me ele, eu não quero ir ao médico só quero ir no dia... que número é hoje? Hoje é dia 28. Ah... eu só quero ir no dia 22! Hummmm e que tal no dia 30? Trintin! Está bem! (E lá fomos ao médico hoje).
No outro dia estávamos a discutir estrelas. Estava-lhe eu a dizer que lhe dava uma estrela cada vez que ele fizesse cocó, e que às 5 estrelas lhe dava uma prenda. Não! disse-me ele, 7 estrelas!
Esta semana negociámos a ida ao médico. No domingo, e sabendo que na terça tinhamos que ir ao médico comecei a prepará-lo psicologicamente. Não! disse-me ele, eu não quero ir ao médico só quero ir no dia... que número é hoje? Hoje é dia 28. Ah... eu só quero ir no dia 22! Hummmm e que tal no dia 30? Trintin! Está bem! (E lá fomos ao médico hoje).
Tuesday, March 30, 2010
Médico e Dentista
Hoje tirei o dia para levar o M ao médico e ao dentista. Esperava o pior porque ele anteontem disse logo que não queria ir ao médico e que o ia empurrar. Eu expliquei-lhe que não e que contava com que ele se portasse bem, que sabia que ele se ia portar bem. E assim foi. Ele resmungou um pouco antes de irmos mas entrou no consultório de sorriso nos lábios, levou duas vacinas que o fizeram chorar e saiu de lá com ambos braços doridos, com dois chocolatinhos oferecidos pelo médico e a repetir que "eu não gosto do médico! ele é mau!" Mas enquanto lá esteve portou-se muito bem. (Para ver bem o esperto que o meu filho é à noite na banheira perguntou-me sobre as vacinas e como é que elas entram no corpo dele :-)
Depois fomos ao dentista. Mais uma vez pensei que ia correr mal, mas não. Primeiro viu-me a mim a fazer uma "limpeza" depois foi a vez dele. Pôs os óculos escuros, abriu a boca, deixou que lhe limpassem os dentes, que lhos polissem, que lhe pussesem fluor,e tudo com um enorme sorriso nos lábios. Saiu de lá com uma prenda e com muitas fãs!
E mais uma vez se comprova que eu ás vezes sobrestimo o meu filho (e que ele é o máximo). Às vezes esqueço-me que com o M dá para falar, explicar e que ele entende e, normalmente, reage de acordo.
Depois destas aventuras fomos a uma quinta ver animais. E agora ele está tão cansado que dormita ao meu colo enquanto vamos para casa de autocarro.
Depois fomos ao dentista. Mais uma vez pensei que ia correr mal, mas não. Primeiro viu-me a mim a fazer uma "limpeza" depois foi a vez dele. Pôs os óculos escuros, abriu a boca, deixou que lhe limpassem os dentes, que lhos polissem, que lhe pussesem fluor,e tudo com um enorme sorriso nos lábios. Saiu de lá com uma prenda e com muitas fãs!
E mais uma vez se comprova que eu ás vezes sobrestimo o meu filho (e que ele é o máximo). Às vezes esqueço-me que com o M dá para falar, explicar e que ele entende e, normalmente, reage de acordo.
Depois destas aventuras fomos a uma quinta ver animais. E agora ele está tão cansado que dormita ao meu colo enquanto vamos para casa de autocarro.
Elogios
"Mamã, esta menina é parecida contigo!" diz o M enquanto aponta para a modelo que aparece na primeira página do jornal de hoje.
Monday, March 29, 2010
Dois ou Três?
Deixamos a Inês no aeroporto à noite e ao chegarmos a casa o M disse-me que queria que nós fossemos três. Três como a Naomi, mas a Nomi agora são quatro. E quem vai ser o nosso número três, perguntei eu? A Inês!
Ficámos cheios de saudades! Obrigada por tudo Agnés.
Ficámos cheios de saudades! Obrigada por tudo Agnés.
Thursday, March 25, 2010
A descobre o i-pod
Depois de anos a achar que não gosto de ouvir música perto dos ouvidos descubro que afinal ouvir música perto dos ouvidos é mesmo bom. E quanto mais alto melhor. Assim o mundo pára, a cabeça fica aturduida e não dá para pensar. E isso é exactamente o que preciso.
O único perigo é que não controlo o meu próprio volume. Segundo a Inês ontem à noite quando cheguei a casa cantava tão alto que ela me ouvia desde que entrei na garagem. Esperemos que o som estivesse mais baixo quando estava na universidade...
O único perigo é que não controlo o meu próprio volume. Segundo a Inês ontem à noite quando cheguei a casa cantava tão alto que ela me ouvia desde que entrei na garagem. Esperemos que o som estivesse mais baixo quando estava na universidade...
Sunday, March 21, 2010
Amor
Já deve ter dado para perceber, mas caso não tenha ficado completamente claro repito, o M é o meu amor! Gosto mais dele do que do Mundo inteiro.
E por sorte, ainda cabe mais gente no meu coração, familia e amigos, muitos amigos. Mike, continuo a pensar muito em ti. Li hoje um artigo que relatava como conclusão de um estudo que ter conversas ditas profundas com alguém, falar sobre coisas para além do tempo, aumenta a felicidade. Mas nós nunca precisámos que ninguém nem nenhuma investigação nos disesse isso. Bastava sentarmo-nos no sofá e começarmos a falar para nos sentirmos melhor. Mike, tenho saudades tuas, dos nossos almoços e jantares, das nossas conversas, dos sorrisos, da nossa amizade. Gostava tanto que podesses voltar...
E por sorte, ainda cabe mais gente no meu coração, familia e amigos, muitos amigos. Mike, continuo a pensar muito em ti. Li hoje um artigo que relatava como conclusão de um estudo que ter conversas ditas profundas com alguém, falar sobre coisas para além do tempo, aumenta a felicidade. Mas nós nunca precisámos que ninguém nem nenhuma investigação nos disesse isso. Bastava sentarmo-nos no sofá e começarmos a falar para nos sentirmos melhor. Mike, tenho saudades tuas, dos nossos almoços e jantares, das nossas conversas, dos sorrisos, da nossa amizade. Gostava tanto que podesses voltar...
Wednesday, March 17, 2010
Fix you
And the tears come streaming down your face
When you loose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worst?
[...]
Lights will guide you home
and ignite your bones
and I will try to fix you
(Coldplay, Fix you)
When you loose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worst?
[...]
Lights will guide you home
and ignite your bones
and I will try to fix you
(Coldplay, Fix you)
Profissões
- Amã, quando é que vou ser twenty-five?
- Ainda faltam 21 anos para teres 25 anos
- Quando eu sou twenty five eu quero ser professoro!
- Professoro???
- Sim, professoro!!
- Boa ideia!
Mas não é preciso preocuparem-se passados 10 minutos o M voltou a querer ser bombeiro (ou carteiro, ou arranjador, ou polícia)
- Ainda faltam 21 anos para teres 25 anos
- Quando eu sou twenty five eu quero ser professoro!
- Professoro???
- Sim, professoro!!
- Boa ideia!
Mas não é preciso preocuparem-se passados 10 minutos o M voltou a querer ser bombeiro (ou carteiro, ou arranjador, ou polícia)
Tuesday, March 16, 2010
Monday, March 15, 2010
Hóquei
Esta tarde enquanto o jantar se fazia jogámos hóquei. Ele de vassoura na mão e semi nú, porque quando vai a casa de banho acha sempre que tem que tirar a roupa toda, e eu. Mas isto é para quem tem uma mente literal, porque na verdade, havia uma série de jogadores--todos os amigos da escola do M --, pelo menos duas equipas, a vermelha e a azul sendo que a dele é que tinha todos os jogadores, vários tacos de hóquei, um sem número de fintas e passos porque o M gosta de coreografar, muitissimos golos e regras tão complexas que nunca as cheguei a perceber. E claro, enormes gargalhadas, animação e correrias. Enfim, uma grande tarde de desporto.
Vida dupla, tripla ou zeros?
Dia 25 de Abril faz-se o regresso a Portugal. Depois de 15 longos anos. A partida não foi fácil. Nada era fácil nessa altura. Mas a verdade é que a partida foi boa. Foi boa e necessária. Agora pensa-se no regresso ainda que só por uns meses. E com a morte do Mike fico a pensar em como vai ser estar de volta.
Durante os últimos 15 anos tenho vivido uma vida dupla, ou tripla. Por cada país que passo deixo amigos para a vida e trago memórias. Essas memórias partilho-as com eles e com elas. Mas já lá vão muitos países e sei que me falta aquele minimo denominador comum de quem viveu a vida toda no mesmo país, na mesma cidade, no mesmo bairro. E talvez por isso seja boa a manter amizades. Escrevo, telefono, penso nos meus amigos. Com a chegada do Mathias passei a ter menos tempo, mas continuo a tentar.
E é assim que durante estes últimos 15 anos tenho vivido uma vida dupla ou tripla, ou quadrupla. Uma vida por cada país onde vivi, por cada conjunto de amigos e experiencias que deixei para trás, ou melhor dito, que trago comigo. Estas vidas às vezes tocam-se, às vezes há intersecções, mas de forma geral mantêm-se em planos diferentes. E agora que o Mike morreu e que penso em voltar a Portugal, pergunto-me se na verdade não terá sido uma vida a zeros. Porque, como é que vou para um sitio onde ninguém conheçe a minha amizade com o Mike? Onde quase ninguém sabe o que faço? Onde ainda tenho 21 anos?
Vivi sempre com a ilusão de Portugal como a minha 'base', e é sem dúvida em Portugal onde tenho mais amigos, amigos daqueles que enchem o peito. Mas foram 15 anos cá fora, e mesmo partilhando há muito que se perde, muito que nao se partilha ou nao se pode partilhar. E de repente dou por mim a tentar apegar-me ao que tenho aqui, para não perder aquilo que construí, para não me perder a mim. Estes 15 anos ensinaram-me que por cada sitio por onde passo é mais difícil (mas nao impossivel) fazer amigos, começar de novo. E se ao voltar descubro que Portugal não é diferente? Onde fica a minha ilusão de raízes?
Melancolia. Talvez não seja mais que melancolia. Talvez seja apenas a tristeza enorme de ter perdido um grande amigo. Mas neste momento não sei se estou menos presa ao que tenho cá ou ao que me espera ai.
Durante os últimos 15 anos tenho vivido uma vida dupla, ou tripla. Por cada país que passo deixo amigos para a vida e trago memórias. Essas memórias partilho-as com eles e com elas. Mas já lá vão muitos países e sei que me falta aquele minimo denominador comum de quem viveu a vida toda no mesmo país, na mesma cidade, no mesmo bairro. E talvez por isso seja boa a manter amizades. Escrevo, telefono, penso nos meus amigos. Com a chegada do Mathias passei a ter menos tempo, mas continuo a tentar.
E é assim que durante estes últimos 15 anos tenho vivido uma vida dupla ou tripla, ou quadrupla. Uma vida por cada país onde vivi, por cada conjunto de amigos e experiencias que deixei para trás, ou melhor dito, que trago comigo. Estas vidas às vezes tocam-se, às vezes há intersecções, mas de forma geral mantêm-se em planos diferentes. E agora que o Mike morreu e que penso em voltar a Portugal, pergunto-me se na verdade não terá sido uma vida a zeros. Porque, como é que vou para um sitio onde ninguém conheçe a minha amizade com o Mike? Onde quase ninguém sabe o que faço? Onde ainda tenho 21 anos?
Vivi sempre com a ilusão de Portugal como a minha 'base', e é sem dúvida em Portugal onde tenho mais amigos, amigos daqueles que enchem o peito. Mas foram 15 anos cá fora, e mesmo partilhando há muito que se perde, muito que nao se partilha ou nao se pode partilhar. E de repente dou por mim a tentar apegar-me ao que tenho aqui, para não perder aquilo que construí, para não me perder a mim. Estes 15 anos ensinaram-me que por cada sitio por onde passo é mais difícil (mas nao impossivel) fazer amigos, começar de novo. E se ao voltar descubro que Portugal não é diferente? Onde fica a minha ilusão de raízes?
Melancolia. Talvez não seja mais que melancolia. Talvez seja apenas a tristeza enorme de ter perdido um grande amigo. Mas neste momento não sei se estou menos presa ao que tenho cá ou ao que me espera ai.
Wednesday, March 10, 2010
Como é que se explica a alguém de 4 (ou 36) anos o que significa morrer?
Hoje estava eu a fazer o jantar, e o M estava sentado no chão. De repente pergunta-me se o Mike vem jantar connosco. Eu respondo que não, que o Mike morreu que já não pode vir jantar mas está sempre nos nossos coraçòes. Ele diz-me que o está a ouvir a bater à porta, e diz-lhe para entrar. Depois diz-me que não pode ser, como é que o Mike vai ver o seu brinquedo novo? E eu respondo que o Mike está no céu, e que ele vai estar sempre conosco. O M diz-me que não, que ele está no hospital e que depois vem cá a casa. E eu já quase em lágrimas explico que quando alguém morre já não pode vir cá a casa. Mas o M é persistente, e diz-me que não que o Mike vai vir, e que se calhar ele pode vir viver connosco. Eu respondo que isso era óptimo mas que infelizmente não pode ser. E então ele diz que podemos convidar a namorada dele, porque assim ele também vem. Depois diz-me que não é possivel, não é possivel que ele nunca, nunca vá ver o seu novo brinquedo e brincar com ele.
E eu estou de acordo. Não é possivel. E cada vez que penso nisso fico tão triste. Mas consegui não chorar à frente dele. Embora não tenha feito outra coisa. Mike, volta!
E eu estou de acordo. Não é possivel. E cada vez que penso nisso fico tão triste. Mas consegui não chorar à frente dele. Embora não tenha feito outra coisa. Mike, volta!
Monday, March 1, 2010
My person: Mike
Our friend Mike passed away on Saturday. Unexpectedly and shockingly. He went in with an aneurysm in his leg that we now know was hiding a much more powerful and rare disease. Unfortunately the doctors did not identify it on time and he did not make it out of his surgery. We spoke on the phone on Friday night and agreed that I'd go and visit on Sunday and bring him some good food. Mike was hungry. He said he was fine and we joked as we always did. He died on Saturday, Feb. 27, and I was so unprepared for the news that I literally fell on the ground. Only a few days have passed and I already miss him too much.
I met Mike at a teaching workshop for new Faculty at York in the summer of 2008. We sat at the same table doing an exercise, our syllabi in hand. I remember being immediately drawn to Mike. He was full of ideas and ideals, he did not just want to teach, he wanted to move his students so that they could transform the world; he didn't just want to be a Professor at York he wanted to improve the University; he did not just want to do research he wanted to use it to make a better world. And so it was that with Mike that I did the unheard: having spoken to him only a few times I invited him over for dinner, and I have never regretted it.
Mike was committed to his teaching and research. When we went for lunch he usually started off by telling me that it had to be fast because he had to go back to the lab. But Mike was curious about the world and took pleasure in discussing it so we invariably ended up talking for hours about work, life and love. A frequent topic of discussion was teaching. Mike had high hopes for his students, he wanted them to learn, to be curious, to challenge themselves to do great things. He worked hard on this, spending much time preparing for his classes, and worrying about how to engage them. He established an open door policy so that students could come and talk to him at any time, and he met with them on weekends for extra tutorials. He cared for his students and worried when the grades came back and they weren't as good as he'd like them to be. But Mike was adamant that compromising was not the solution, instead he wanted to continue challenging his students while simultaneously using his experience and their feedback to improve as a teacher.
Mike's ambition was well reflected in his science. The science Mike pursued did not fall along a well-maintained path. Mike struggled with the big problems in chemistry of finding ways to transforming light into electricity, and of how to control the assembly of molecules. He had many other ideas that were easier or more readily publishable but Mike wasn’t ready to ‘start making sausage’ as he would say.*
For Mike making good students and good science also meant working at transforming York, so as to make it the best university, a place where students and Faculty conduct high profile research. To that end he was very much involved in University policies and politics: he attended union meetings, read policy documents, and contributed to the administration of his department. His enthusiasm was infectious and made those around him engage too. A week ago he made me register, again, for a new faculty lunch. I obliged and told him that by now I had already registered twice. Mike wrote me back saying that was probably a good thing because it wasn't clear how much food they'd give us.
One of Mike's greatest passions was the environment. For Mike saving the world hinged on changing it, and he didn't just pay lip service to this goal. He put it in practice by incorporating it into his work, his politics and his life. He joined activist groups, went to demonstrations and he often wrote letters to Canada's environment minister. We used to joke that if one day the minister came to York he'd look at Mike and say, "oh, you're *that* Prof. Pollard!" while politely excusing himself. Lately Mike was thinking that he'd like to organize a lecture at York on climate change, and we'd bounce around names of people he could invite, their speaking styles, and how to obtain funding. Mike also lived by his ideals, he didn't own a car and he kept his possessions at a minimum, he worked on green energy cells, and he felt guilty every time he had coffee on a paper cup. One day last summer after having dinner at my place I asked Mike to come to the balcony with me to smoke a cigarette. Mike objected saying that smoking was bad for me, but what really upset him was when I threw the butt on the floor, that was *bad* for the environment.
Mike was all these things and more, he was also, for instance a climber who adored the outdoors and a ballroom dancer, but above all, Mike was friend to many. To me Mike he was one of my best friends. He was my person. He kept me sane and brightened my days. He was the person that I shared things with, good and bad. He was a good listener and knew how to ask the right questions. When we got together time flew by as we discussed everything and anything. In any given conversation we'd seamlessly go from the everyday to the philosophical, from life to love and back. Mike had strong ideas about the world, some of them pretty radical, and he enjoyed voicing and discussing them. He refused to conform. And that is what made it fun to be with him, what made our conversations engaging and stimulating.
More than with most of my other friends Mike was both my friend and my son's. He loved children and always saw Mathias as an asset not an impediment, and Mathias adored him back. To this day if I ask Mathias if knows who I saw today at the University, the answer is always "Mike!" and always with a twinkle in his eyes. Often Mathias asked me to call Mike so that he could talk to him and invite him over for dinner. As soon as Mike arrived he would sit on the floor to play with Mathias. Mathias would then look at me and say "you can go to the kitchen" as if saying "Mike is now mine!". While they played I would hear Mike teaching Mathias how to build airplanes, cars and trucks, but also teaching him how to behave.
Together we decorated Christmas trees, and celebrated birthdays, Thanksgivings, Mike's NSERC grant, our mundane everyday victories and losses. Twice Mike brought over dinner for us to eat at my place so that I could rest. Mike was an amazing cook who enjoyed the complexities of preparing a meal. He liked seasoning the food with herbs, herbs that Mathias would later describe as those green things while he pointing at them making faces. One day when I had a terrible day at the university and was ready to quit I called Mike and he was at my office in 2 minutes, he calmed me down and made me laugh. Mike always had a smile on his face, even if he only wanted to watch depressing movies. He refused to be easily categorized, was full of contradictions, a rich and complex individual who was not afraid of standing up for his beliefs. He was kind and generous and an amazing friend.
I am still adjusting to this new reality. I feel angry, lonely and sad. And I'd like to tell you, Professor Mike The Destroyer, wherever you are, that you have taught me a lot. But most of all, Mike, I want to tell you thank you for being part of our family, for helping me make a family in Toronto. You mean the world to us, we love you and miss you very much. You made our lives so much better.
Ana & Mathias
* This paragraph was written by Mark Nitz a friend of Mike's who sent it to me.
I met Mike at a teaching workshop for new Faculty at York in the summer of 2008. We sat at the same table doing an exercise, our syllabi in hand. I remember being immediately drawn to Mike. He was full of ideas and ideals, he did not just want to teach, he wanted to move his students so that they could transform the world; he didn't just want to be a Professor at York he wanted to improve the University; he did not just want to do research he wanted to use it to make a better world. And so it was that with Mike that I did the unheard: having spoken to him only a few times I invited him over for dinner, and I have never regretted it.
Mike was committed to his teaching and research. When we went for lunch he usually started off by telling me that it had to be fast because he had to go back to the lab. But Mike was curious about the world and took pleasure in discussing it so we invariably ended up talking for hours about work, life and love. A frequent topic of discussion was teaching. Mike had high hopes for his students, he wanted them to learn, to be curious, to challenge themselves to do great things. He worked hard on this, spending much time preparing for his classes, and worrying about how to engage them. He established an open door policy so that students could come and talk to him at any time, and he met with them on weekends for extra tutorials. He cared for his students and worried when the grades came back and they weren't as good as he'd like them to be. But Mike was adamant that compromising was not the solution, instead he wanted to continue challenging his students while simultaneously using his experience and their feedback to improve as a teacher.
Mike's ambition was well reflected in his science. The science Mike pursued did not fall along a well-maintained path. Mike struggled with the big problems in chemistry of finding ways to transforming light into electricity, and of how to control the assembly of molecules. He had many other ideas that were easier or more readily publishable but Mike wasn’t ready to ‘start making sausage’ as he would say.*
For Mike making good students and good science also meant working at transforming York, so as to make it the best university, a place where students and Faculty conduct high profile research. To that end he was very much involved in University policies and politics: he attended union meetings, read policy documents, and contributed to the administration of his department. His enthusiasm was infectious and made those around him engage too. A week ago he made me register, again, for a new faculty lunch. I obliged and told him that by now I had already registered twice. Mike wrote me back saying that was probably a good thing because it wasn't clear how much food they'd give us.
One of Mike's greatest passions was the environment. For Mike saving the world hinged on changing it, and he didn't just pay lip service to this goal. He put it in practice by incorporating it into his work, his politics and his life. He joined activist groups, went to demonstrations and he often wrote letters to Canada's environment minister. We used to joke that if one day the minister came to York he'd look at Mike and say, "oh, you're *that* Prof. Pollard!" while politely excusing himself. Lately Mike was thinking that he'd like to organize a lecture at York on climate change, and we'd bounce around names of people he could invite, their speaking styles, and how to obtain funding. Mike also lived by his ideals, he didn't own a car and he kept his possessions at a minimum, he worked on green energy cells, and he felt guilty every time he had coffee on a paper cup. One day last summer after having dinner at my place I asked Mike to come to the balcony with me to smoke a cigarette. Mike objected saying that smoking was bad for me, but what really upset him was when I threw the butt on the floor, that was *bad* for the environment.
Mike was all these things and more, he was also, for instance a climber who adored the outdoors and a ballroom dancer, but above all, Mike was friend to many. To me Mike he was one of my best friends. He was my person. He kept me sane and brightened my days. He was the person that I shared things with, good and bad. He was a good listener and knew how to ask the right questions. When we got together time flew by as we discussed everything and anything. In any given conversation we'd seamlessly go from the everyday to the philosophical, from life to love and back. Mike had strong ideas about the world, some of them pretty radical, and he enjoyed voicing and discussing them. He refused to conform. And that is what made it fun to be with him, what made our conversations engaging and stimulating.
More than with most of my other friends Mike was both my friend and my son's. He loved children and always saw Mathias as an asset not an impediment, and Mathias adored him back. To this day if I ask Mathias if knows who I saw today at the University, the answer is always "Mike!" and always with a twinkle in his eyes. Often Mathias asked me to call Mike so that he could talk to him and invite him over for dinner. As soon as Mike arrived he would sit on the floor to play with Mathias. Mathias would then look at me and say "you can go to the kitchen" as if saying "Mike is now mine!". While they played I would hear Mike teaching Mathias how to build airplanes, cars and trucks, but also teaching him how to behave.
Together we decorated Christmas trees, and celebrated birthdays, Thanksgivings, Mike's NSERC grant, our mundane everyday victories and losses. Twice Mike brought over dinner for us to eat at my place so that I could rest. Mike was an amazing cook who enjoyed the complexities of preparing a meal. He liked seasoning the food with herbs, herbs that Mathias would later describe as those green things while he pointing at them making faces. One day when I had a terrible day at the university and was ready to quit I called Mike and he was at my office in 2 minutes, he calmed me down and made me laugh. Mike always had a smile on his face, even if he only wanted to watch depressing movies. He refused to be easily categorized, was full of contradictions, a rich and complex individual who was not afraid of standing up for his beliefs. He was kind and generous and an amazing friend.
I am still adjusting to this new reality. I feel angry, lonely and sad. And I'd like to tell you, Professor Mike The Destroyer, wherever you are, that you have taught me a lot. But most of all, Mike, I want to tell you thank you for being part of our family, for helping me make a family in Toronto. You mean the world to us, we love you and miss you very much. You made our lives so much better.
Ana & Mathias
* This paragraph was written by Mark Nitz a friend of Mike's who sent it to me.
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