Há pessoas para quem é importante passar o seu material genético. Não é o meu caso. Sempre achei que os meus genes deveriam ficar comigo. Mas nunca fui muito crente na questão da genética, no debate nature vs. nurture, eu sou partidária do segundo. E hoje verifiquei que o meu filho não é realmente como eu. Estávamos no carro a andar às voltas enquanto eu procurava a casa de uns amigos. Aqui não pára de nevar há dois dias e guiar é um pesadelo. Começo a resmungar entre dentes. O M pergunta-me logo o que se passa e eu continuo, “que chatice” (poderia ter dito outras coisas mas sou bem educadinha e, sobretudo, não quero que o meu filho aprenda), e finalmente digo “a mamã perdeu-se, é muito burrinha.” Passados cinco minutes e perdida outra vez. Recomeço a resmungar outra vez, mais uns “que chatice” mais uns “a mãe é burrinha” e mais uns “arrhhhr estou perdida!” Resposta do banco detrás, “That's ok mama, next time.” E é verdade, foram só uns quantos minutos perdidos e na volta seguinte chegámos ao nosso destino. O que eu tenho de pessimista, o meu filho tem de optimista. O que eu tenho de ver o lado negativo das coisas, o meu filho tem de ver o lado positivo.
É um chavão dizer que queremos que os nossos filhos sejam melhor que nós mas é tão bom quando verificamos que isso é verdade.
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