Gosto muito de ser mãe do meu filhote. Digo-lho todos os dias. E é a melhor coisa que já fiz. Mas não é certamente a mais fácil e nem sempre é a mais bem recompensada. Senão vejamos:
Quando o M estava quase a fazer quatro aninhos fiz o que faço todos os anos - comprei as prendas de Natal e de aniversário juntas e guardei as 'melhores' para os anos. Tinha comprado uma garagem com três andares que, para além disso era também um sitio de obras com guindastes e afins, ou seja, a verdadeira loucura. Quando chegou o dia resolvi que, como o pai dele não lhe tinha enviado nada (nunca o faz…), lhe ia dar esta prenda e dizer que tinha sido o pai a mandar. O M, tal como eu tinha previsto, adorou. E até ao dia de hoje me diz que a melhor prenda que já recebeu foi essa garagem *do pai*.
Ok. Este é um sacrifício menor e um que vale muitíssimo a pena. Quero que o meu filho tenha uma boa relação com o pai e estou disposta a trabalhar para isso. Mas a semana passada tive que ouvir e consolar o meu filho enquanto ele me dizia que gostava muito mais de viver com o V do que comigo, que quer que vamos viver todos juntos outra vez, e que não percebia porque é que nos separámos (até aqui tudo bem, acho bom que tenha perguntas e que se sinta à vontade para fazê-las), mas depois disse-me que o V brincava muito mais com ele do que eu (!!). Ora, eu sei que o meu filhote anda com saudades de ter um pai, que eu, por mais que me esforçe, não sou nem serei homem, e que isto até é saudável. E consolei-o na medida do possível e dei-lhe miminhos e fiquei com o coração na boca. Mas dizer que o V brincava mais com ele do que eu, essa custa-me engolir!!!! *^^%^%!###%$^!!^!!!
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