Acho que o meu filho quando crescer vai ser diplomata. Há uns tempos disse-me que ia ser medico, como a babysitter que está a estudar para ser enfermeira. Achei bem, mas depressa descobri que não era tanto pela medicina mas sim pelos instrumentos/ferramentas (tools), os estetoscópios, et cetera e tal. Mas eu acho que ele vai ser diplomata. E cheira-me que vai ser bom. Não é só pelo facto de que o M quando quer que eu faça qualquer coisa em momentos inoportunos (tipo vamos brincar aos aviões quando estou a fazer o jantar) me diz “do you want to play with me?” e sem me dar tempo para responder, diz “Yes? Yes! Of course you do!”; também não é pelo facto de me oferecer sempre o brinquedo que menos gosta (há que proteger os interesses da nação mas manter a fachada de quem está a cooperar) nas nossas muito coreografadas brincadeiras; e finalmente, também não é pela sua decisão, a tão tenra idade, de que ele afinal o que fala mesmo é Espanhol (um gesto de amizade para com os nuestros hermanos que só pode trazer frutos, e que demonstra grandes conhecimentos tácticos). É pela enorme empatia com a qual ouve o que se lhe diz, e pelos olhinhos grandes que faz quando responde, mostrando que sim, que ele percebe e que está de acordo. Sendo que dois minutos depois vira costas e faz o que lhe apetece.
Serviço diplomático Português (ou Espanhol se acreditarmos no rapaz) aqui está o próximo Exmo. Senhor Embaixador.
p.s - Já sei que pela descrição também poderia ser politico. Mas recuso-me a aceitar tal coisa!
Monday, April 27, 2009
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